quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

7 meses sem escrever. A vontade voltou antes disso, mas a criatividade ainda não. Resolvi seguir um conselho e assim vai ser meus próximos textos. Um conjunto de palavras descrevendo algum lugar, real ou não. Mas pelo menos assim deixo minha mente funcionando. Quem sabe um dia desses não sai algo legal?!

O vento balança suavemente as folhas das árvores. Folhas amareladas. E elas vão caindo aos poucos. É fim de tarde. O céu combina com a cor das folhas. Ele está naquele tom vermelho/amarelado. E a noite vem chegando devagar.

Os pássaros voam em bando a procura de uma árvore, talvez aquela primeira, para que possam passar a noite. Eles voam e cantam. A mistura deles, de suas cores, tipos e cantos é uma bela orquestra com uma fotografia quase indescritível.

Agora a noite sobe depressa. A bela sinfonia antes escutada vai diminuindo.

Chega você, noite misteriosa, quase imperceptível e sussurra em forma de assobio do vento dizendo que hoje vai ser diferente. Suspiro então. Esse ar já me consome, junto com o abraço que recebo. Um abraço caloroso e que envolve por inteira. É a brisa, o vento, o ar em movimento. E quem sopra?

As horas passam e poucas pessoas andam pelas ruas, antes carregadas de carros, pensamentos e sentimentos. As luzes vão diminuindo. A rua é minha. A tomo com meus olhos. Estou só na madrugada e ando sem rumo. É assim que estou levando os dias ultimamente.

Mas ao longe te vejo. Ah! Como brilha! Um parque. Você está a balançar, sento-me junto e lá ficamos; quietos. A noite passa diante dos seus olhos e a vida diante dos meus. Me perco por um minuto, a vista está longe e a mente também. Olha para o lado e você já se foi.

Agora é o sol quem nasce, “desvirginando a madrugada”. Estou nua e os carros voltam a passar. Uma sensação de leveza toma o corpo de quem passou a madrugada deliciando-se de seus ares, segredos e pecados. É um ar leve.E o sol vem iluminar a realidade.

Volto para casa a pé. Um passo de cada vez, com a cabeça ora erguida, ora não. Chego embriagada. Sou santa, sou o pecado. Sou eu, se pergunta. Mas afinal, quem és tu?

Me ajeito nos seus braços e adormeço no sono mais profundo. É você quem procurei a noite toda... Agora você me toma nos braços. Sou sua.

Boa noite meu "mocinho".

3 comentários:

Sereníssi*mah* disse...

NINGUÉM comentou? Mas isso é um despautério!!!
Isso sim é pecado...
huahuahuaahuhua

Baka, eu te amo, sabia? Que bom que a nossa amizade perdura, que bom que temos afinidades, que bom que a se entende, ri, chora... e que bom que seus textos continuam trazendo beleza à minha vida!!!
"Nunca pare de escrever, mesmo que ninguém mais seja capaz de ler", essa frase um amigo me disse e faz todo sentido! Algo assim tão grandioso tem valor por si só. E claro, saiba que pelo menos uma pessoa vai sempre ler suas obras: eu!
E quem sabe uma ajuda a outra a ressussitar a inspiração?

Concluindo: "Um dia sai algo legal"?! Já saiu. Sempre sai!!!

*Um beijo, até mais tarde!

Franz. disse...

Estou precisando de um dias desses, no qual o tempo (que é escasso e efêmero) passa com sentido, cor, cheiro.

Parabéns!

Murilo Gernavi disse...

Saudades dessa palavras!!!